As olimpíadas são um dos maiores palcos de competições do planeta, onde torcemos e nos orgulhamos exibindo o resultado de anos de trabalho duro e perseverança de atletas brasileiros. Mas, e se abordaremos a nossa carreira da mesma maneira que os esportistas tratam as Olimpíadas?
A recordação de vitórias e medalhas é presente na mente de todos. Mas são os tombos, os erros e as derrotas de cada um desses atletas que trouxeram as maiores lições que eles poderiam ter. O esporte ensina que a verdadeira vitória não é só aquela que conquista a medalha de ouro, mas também a que descobre e traz aceitação de seus limites.
Apesar de não recebermos medalhas na nossa vida – no sentido literal -, estamos sempre em busca de conquistar nosso sucesso profissional e os mais altos cargos. Nós nos dedicamos tanto quanto um atleta olímpico, praticando e aprimorando nossas habilidades para nos tornar o melhor profissional possível.
Precisamos, assim como eles, aprender a lidar com nossos desafios e fracassos. Assim, estaremos um passo mais próximo de alcançar nosso lugar no pódio de premiação.
Confira os 6 atletas brasileiros das Olimpíadas que tem muitas lições para contribuir com a sua carreira
Thiago Braz da Silva
Aos 22 anos, Thiago conquistou a medalha de ouro na disputa do salto com vara e cravou um novo recorde olímpico após saltar 6,03 metros. Porém, sua história nem sempre foi feita de glória: em 2014, ele sofreu uma lesão no punho esquerdo e precisou realizar uma cirurgia, tendo que recomeçar os treinos lentamente.
Sua história de vida ensina muito sobre planejamento: ele aprendeu a controlar sua ansiedade e, principalmente, aceitou que precisava saltar mais baixo até se recuperar da lesão. Isso mostra a importância de criar uma cronograma para atingir um objetivo, sem atropelar etapas. Na carreira, às vezes também é preciso jogar tudo para o alto e não se acomodar.
Diego Hypólito
Um ícone para a ginástica artística, Diego levou diversos tombos e perdeu medalhas olímpicas que pareciam já ter sido conquistadas: em 2008, em Pequim, e em 2012, em Londres. Na luta contra a depressão, ele teve a oportunidade de vivenciar sua redenção nos Jogos de 2016, alcançando a medalha de prata no esporte para o Brasil.
A grande lição do saltador é o valor da tentativa e perseverança. Mesmo que as perdas se sucedam indefinidamente, insistir é extremamente importante. A história de Hypólito demonstra como a paciência e a inteligência emocional são grandes aliadas do sucesso: por mais esmagadoras que sejam as derrotas, elas precisam ser digeridas e transformadas em energia para tentar novamente.
Rafaela Silva
Além de vencedora da medalha de ouro no judô, Rafaela Silva é uma vitoriosa por ter calado uma enxurrada de críticas do público, inclusive de cunho racista.
Ela cresceu na Cidade de Deus, uma das mais conhecidas favelas do Rio de Janeiro. Os preconceitos enfrentados pela atleta são muito constantes no mundo corporativo. Ainda há muitas barreiras para a diversidade nas empresas, mas pessoas como Rafaela mostram que essa é uma luta que vale a pena lutar.
Além de uma inspiração pelos obstáculos sociais e culturais que enfrentou, a judoca também representa a própria capacidade de se aprimorar no esporte. Após um deslize nas Olimpíadas de 2012, ela reconheceu seus erros e o que precisava ser melhorado, resultando em seu ouro nas olimpíadas seguintes.
Na carreira, essa percepção e atitude são definitivamente necessárias: em vez de negar, ignorar ou minimizar os próprios limites, vale mais olhá-los de frente e trabalhar para suprimi-los ou compensá-los da melhor forma possível.
Felipe Wu
Sendo o primeiro medalhista do Brasil na Olimpíada de 2016, Felipe é um exemplo no quesito de improviso. Após entrar em vigor o estatuto de desarmamento, ele teve muita dificuldade para conseguir armas para treino, mas encontrou uma solução simples e criativa: se tornou sargento do Exército para ter acesso ao seu material de treino.
Apesar de parecer um problema insolúvel, o brasileiro demonstrou como é importante não deixar de tentar e procurar alternativas para a resolução de adversidades.
Arthur Zanetti
Apesar de todas as dificuldades por falta de apoio e financiamento, Arthur superou as adversidades durante sua jornada ao pódio e conquistou, consecutivamente, medalha de ouro e prata nas Olimpíadas de 2012 e 2016.
A conquista de sua primeira medalha não se tornou um motivo para relaxar, mas sim o contrário. A vontade de ganhar novamente foi o combustível para o triunfo e a medalha de prata nos jogos seguintes.
Para ele, a consciência tranquila de ter se preparado e se esforçado fez com que a prata dele tivesse gosto de ouro. “Esse é o verdadeiro significado de uma vitória profissional”, diz o ginasta.
Marta da Silva
Um ícone do futebol feminino, Marta também é um exemplo para qualquer um no quesito de trabalho em equipe e liderança. Com uma postura humilde e sempre voltada para o coletivo, a jogadora se destaca por sua empatia e por não ser individualista. Mesmo após a derrota contra o time sueco, ela defende que a vitória importa menos do que o brilho do time.
A atleta também é um exemplo por desconstruir as barreiras da diversidade de gênero, um ideal que parece estar longe de ser conquistado. Por ser uma mulher sucedida em uma área tipicamente masculina, a jogadora é também chama atenção por driblar também esse tipo de preconceito e acabar com as barreiras sexistas do mercado. A vitória sobre a discriminação da mulher traz ainda mais respeito para a figura dela, e valoriza muito suas conquistas.
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A inteligência Emocional é considerada uma das competências do século: é a capacidade de reconhecer e administrar as próprias emoções. Por meio do desenvolvimento do autoconhecimento e do controle emocional, as pessoas conseguem administrar as adversidades da vida de maneira equilibrada, pois elas se tornam aptas a acessar e entender seus gatilhos internos e padrões limitantes.
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