Dados do Conselho Nacional de Justiça apontam que 5,5 milhões de crianças brasileiras matriculadas em escolas não têm o nome do pai na certidão de nascimento. É comum que crianças que sofrem de abandono afetivo apresentem problemas em seu comportamento social por toda vida, uma vez que a dor da rejeição pode gerar sérios distúrbios de comportamento.
Rodrigo Fonseca, presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBie), afirma que um dos maiores temores da humanidade é ser rejeitado. “A origem de toda emoção humana está nos pais e na maneira como vivemos a primeira infância. Somos uma folha de papel em branco e todas as experiências vividas durante a gestação e ao longo dos primeiros sete anos ficam registadas nesta folha, que pode ser chamada de subconsciente”, explica ele.
É justamente a partir dessas informações que o indivíduo cria sua visão de mundo, baseia suas escolhas, enfrenta problemas e se comporta diante das diferentes situações. Cada pessoa tem informações próprias e particulares em seu subconsciente, influenciando-as de maneira positiva ou negativa.
Em geral, quem sofreu um trauma de abandono pode apresentar problemas como:
- Problemas de relacionamento pessoal;
- Problemas no ambiente escolar e na vida profissional;
- Depressão;
- Baixa autoestima;
- Ansiedade social;
- Falta de confiança.
Dicas para superar o trauma do abandono do pai
Tenha propósito
Superar um trauma envolve compreender que por trás de toda experiência existe um propósito, e cabe a você encontrar um aprendizado para cada dor. Caso você tenha perdido alguém querido, por exemplo, pode ser o momento de aprender a valorizar as pessoas. O trauma emocional pode fazer você se tornar mais frágil ou mais forte, depende do viés que é dado ao acontecimento. É importante refletir como o trauma influenciou a pessoa que você se tornou. Talvez você tenha ficado mais forte e resiliente perante as dificuldades.
Não generalize
Pessoas que sofreram com o abandono do pai tendem a apresentar dificuldades para confiar nas pessoas e acabam evitando relacionamentos. É importante não ter medo de se relacionar e entender que nem todas as pessoas importantes na sua vida irão te abandonar.
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Dê amor e limites na mesma medida
É normal que a criança demande mais atenção e carinho quando a figura do pai não está (ou nunca esteve) presente, mas é preciso ficar atenta para não compensar esta ausência com falta de limites ou excesso de mimos. Uma criança precisa de amor e regras na mesma medida, e estabelecer limites é fundamental para criar adultos saudáveis emocionalmente.
Procure ajuda profissional
Buscar auxilio psicológico é extremamente importante durante o processo de separação do casal ou abandono afetivo. Não tenho medo ou vergonha de procurar ajuda.
Resgate emocional
O resgate emocional é um processo em que você conversa com seu filho enquanto ele estiver dormindo. Peça perdão para criança e reafirme seu amor por ela, reforçando essas informações no subconsciente do pequeno.
Desenvolva sua Inteligência Emocional
A Inteligência Emocional promove o conhecimento sobre suas emoções e história de vida. A partir dessa consciência, é possível trabalhar e ressignificar cada trauma até que a dor se dissolva.
Se você é um adulto que sofreu com o abandono paterno e quer curar os traumas emocionais, dando um novo sentido às histórias da sua vida, desenvolva sua Inteligência Emocional com o Método LOTUS.