Seguindo a linha teórica do psicodrama, Nathaly, atua como Mentora Emocional no CARE da SBIE e sua presença é essencial em todos os Treinamentos.
Descobriu na Inteligência Emocional (IE) que a sua trajetória como psicodramatista podia sim, ser ainda mais efetiva:
“Quando meu caminho se encontrou com a Inteligência Emocional, pelo treinamento LOTUS, pensei na hora “Isso faz sentido. Isso resolve. Isso muda e é a liga que me faltava”. A IE é clara e deixa tudo menos teórico e mais prático”.
O aprendizado acontece a cada momento. Então, neste mês do Setembro Amarelo, resolvemos produzir essa entrevista para te ajudar a compreender um pouco mais sobre a doença que hoje, é considerada a “doença do século”, afetando cerca de 300 milhões de pessoas no mundo.
Confira, abaixo, essa entrevista exclusiva!
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Essa situação é bem difícil para os familiares, amigos e pessoas próximas. Como eles podem ajudar?
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Quais atitudes podemos fazer, através de Inteligência Emocional, para evitarmos a depressão?
1. Como a Inteligência Emocional (IE) enxerga a depressão?
Sabemos que a depressão é considerada uma das mais relevantes doenças humanas do mundo contemporâneo. Podemos constatar isso nos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo.
Ela está presente em todas as classes sociais, em todos os setores profissionais, em todas as idades… impossível não ver ou não se relacionar com essa realidade.
O olhar da Inteligência Emocional associa a depressão a uma das emoções básicas e primárias do ser humano: a tristeza.
Uma tristeza profunda, crônica, potencializada e estendida por um determinado período de tempo (que pode ser de anos).
2. Muitas pessoas se encontram em um quadro depressivo e não reconhecem isso. Quais são os principais sintomas desse comportamento?
Precisamos estar vigilantes aos estados emocionais negativos que nos colocamos.
Perceber-se o tempo todo!
Se por algum motivo nos sentimos tristes, temos que tentar entender quais são as razões e acessar a origem dos pensamentos, para que haja um maior entendimento sobre a emoção.
Alguns sintomas da depressão, são:
- Baixo desempenho intelectual/escolar
- Anedonia (pouca capacidade para se divertir), falta de prazer das coisas
- Distúrbios do sono: sonolência ou insônia
- Mudança no padrão alimentar
- Fadiga excessiva (falta de energia)
- Queixas físicas
- Irritabilidade
3. Além de ocasionar alterações psicológicas, a depressão influência no funcionamento do nosso cérebro. Pelos olhos da IE, quais fatores disparam o estado depressivo na pessoa?
Podemos dizer que o cérebro é o “processador” da mente, da consciência e das emoções. Os neurônios presentes no cérebro se comunicam por meio de substâncias chamadas de neurotransmissores.
Quando alguém está com depressão, alguns neurotransmissores não circulam como deveriam. Essa deficiência engloba baixas de serotonina, noradrenalina e dopamina, até em níveis hormonais.
Importante ressaltar que, para a Inteligência Emocional, essas alterações neuroquímicas são provenientes da insistência desse estado emocional e não a causa da depressão.
Os disparadores podem ser acontecimentos, interpretações ou projeções de algo dolorido, nocivo e tóxico para o indivíduo, o que altera a fisiologia por meio da emoção e sentimento alimentado por algum pensamento.
Traumas passados, culpas, frustrações, mágoas, ressentimentos e remorsos guardados são alguns exemplos de pressões doloridas.
Quanto mais tempo o indivíduo se mantiver neste estado, mais crônica se torna o quadro depressivo.
4. Qual a importância da tristeza em nossas vidas?
A tristeza é fundamental para fecharmos ciclos na vida. Ficamos introspectivos, reflexivos, e quando expressamos a dor em palavras, lágrimas, arte, entre outras formas, sentimos alívio, abrindo espaço para encontrar a serenidade e a paz.
Ela é de extrema utilidade para nossa evolução e aprendizagem, ela nos prepara para continuar a jornada da vida, para recomeçar.
Porém, mesmo sendo útil, a tristeza deve ter tempo para terminar. Se persistimos em alimentar pensamentos e condutas provenientes desse estado emocional, insistindo na dor, na frustração, na angústia, negando os acontecimentos da vida, a tristeza pode tomar uma proporção insuportável de pressão interna.
Essa persistência desencadeia alterações bioquímicas no corpo humano.
5. Essa situação é bem difícil para os familiares, amigos e pessoas próximas. Como eles podem ajudar?
Pode ser que quem esteja em estado depressivo não procure ajuda. Isso é até comum. O papel da família é estar por perto, presente, atenta. Quem se relaciona em níveis mais profundos de entendimentos pessoais tem a maior chance de perceber alguma mudança comportamental e até de expressão facial. Os sinais podem ser sutis, como a postura corporal, “olhos tristes”, entre outros. Atenção, acolhimento, amor e cuidado.
Contudo, se a força do depressivo não for consideravelmente potente para sair desse estado com ajuda e orientação psicoterápica e processos práticos de Inteligência Emocional, é necessária a combinação com intervenção psiquiátrica medicamentosa para equilíbrio bioquímico.
Em conjunto, e não somente com medicamentos, o indivíduo poderá resgatar a vontade de viver.
O uso de medicamento contínuo como única e exclusiva forma de tratamento apenas mascara a situação. Um exemplo: medicar uma febre, que é um sintoma de que algo não está bem dentro do corpo humano, e não buscar a causa da febre.
6. Quais atitudes podemos fazer, através de Inteligência Emocional, para evitarmos a depressão?
A Inteligência Emocional tem como prática investigar a origem da emoção que causou o sentimento de tristeza para, a partir daí, acessar a dor (situações e interpretações) para trazer à luz (consciência) quais foram os desdobramentos pelos quais os sentimentos foram potencializados.
Para resultados eficazes na cura da depressão é necessária uma mudança interna de padrões e programas emocionais, comportamentais e de pensamentos.
O autoconhecimento é um caminho de verdade, que traz para a consciência a percepção do nosso estado emocional, o questionamento desse estado, aceitação e autorresponsabilidade para efetiva mudança de pensamento e atitude.
Com isso, mudamos a forma com a qual nos comportávamos para escolhermos um novo olhar sobre a vida.
Em algum momento eu li esta frase, agora não me lembro o nome do autor, mas ela conclui o que pretendi passar aqui: “Toda doença é autodoença e toda cura é autocura”.
Meu papel, e de tantos outros colegas de missão, é estimular essa compreensão da autocura.
Vamos propagar um conhecimento que muda vidas? Então, compartilhe esse conteúdo com alguém que possa estar precisando ou até mesmo em suas redes-sociais!
Em nosso treinamento LOTUS – Inteligência Emocional, você vivenciará uma imersão de 3 dias para compreender de fato suas emoções e comportamentos que possam estar te prejudicando. Que tal dar o primeiro passo para a mudança?