A adolescência é uma das fases mais complicadas da vida do ser humano, podendo começar por volta dos 12 ou 13 anos e durar até os 20 anos. Nesta fase de desenvolvimento as transformações são muito intensas e constantes, uma vez que o jovem passa por diversas mudanças físicas, hormonais, sexuais, cognitivas e psicológicas. Além disso, o adolescente precisa lidar com exigências sociais, descobertas intelectuais e com a necessidades de pertencimento.
A estrutura e organização do pensamento também passam por um amplo processo de transformação, já que o jovem está na metade do caminho entre a infância e a vida adulta. Ao mesmo tempo em que ele ainda não tem maturidade para tomar algumas decisões, suas vontades individuais começam a brotar de forma mais intensa, dando origem a conflitos com os pais, além de problemas na escola, crises de ansiedade e até depressão.
Desenvolver a Inteligência Emocional nesta fase da vida permite que o jovem entre em contato com suas emoções, ressignifique traumas de infância e entenda os gatilhos que geram conflitos internos. Assim, o adolescente evita que esse tipo de bagagem emocional seja levado para a vida adulta.
Inteligência Emocional: qual o papel dos pais e educadores?
A forma como os pais lidam com as questões emocionais interfere diretamente no comportamento do jovem, já que a tendência é que os filhos repitam o comportamento de seus pais e adotem os mesmos padrões em sua vida, quando adultos. Por isso, toda a família precisa olhar para suas emoções e estar sempre avaliando e modificando os comportamentos condicionados.
A Inteligência Emocional deve ser trabalhada desde cedo em casa e também nas escolas. Para isso, é preciso que haja um esforço conjunto entre famílias e educadores, de modo que esse desenvolvimento possa ser completo e satisfatório. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBie) vem desenvolvendo um projeto, ainda em fase de negociação, que visa inserir a Inteligência Emocional como disciplina nas escolas. O objetivo é criar uma sociedade com indivíduos mais confiantes, com uma autoimagem mais positiva, dando origem a adultos menos ansiosos e mais conscientes.