Quando descobre que será pai, o homem é inundado por um turbilhão de emoções como amor, ansiedade, medo, preocupação, cobranças pessoais e felicidade. Para criar um vínculo com o bebê ainda durante a gestação, o cérebro do futuro pai passa por diversas mudanças que afetam tanto seu psicológico como sua percepção e suas expectativas.
Com tantas mudanças acontecendo, é fundamental que o homem saiba se manter emocionalmente equilibrado para dar suporte à futura mãe e para se preparar adequadamente para a paternidade.
Gravidez por empatia
Alguns futuros papais acabam se envolvendo emocionalmente a ponto de desenvolver gravidez psicológica, chamada de Síndrome de Couvade. Embora não seja considerada uma doença, a síndrome faz com que o homem apresente sintomas idênticos ao da gestante: enjoos, aumento de peso, crescimento da barriga, tontura, dores abdominais e dentárias, mudança de apetite, fadiga, insônia, problemas intestinais e até leite nas mamas e dor durante o trabalho de parto.
Por não se tratar de uma doença, não existe um tratamento especifico para a Síndrome de Couvade. É preciso, apenas, que o homem trabalhe suas emoções e supere seus medos e preocupações de modo a criar uma relação positiva com seu filho que está para nascer.
Como assumir o papel de pai
Um dos maiores desafios enfrentados por um novo pai é assumir este papel após ter passado toda a vida sendo filho. Esse processo pode causar uma grande dor emocional, especialmente se ele tiver algum conflito com seus pais ou ainda for muito dependente deles — seja financeiramente ou emocionalmente.
Para assumir o papel de pai, portanto, é preciso que você resolva sua história com seus próprios pais. Qualquer tipo de mágoa, raiva, tristeza, frustração e condenação devem ficar para trás, de modo a evitar que essas dores sejam projetadas na nova família que você está construindo.
Construa sua história
Reflita sobre o tipo de relação que você teve com seu pai: se foi distante, conflituosa, dependente, submissa, ausente, amorosa ou companheira. Um homem aprende a ser pai com seu próprio pai, seja por repetição ou por negação.
Muitos pais querem superproteger e acabam sufocando seus filhos porque não tiveram o pai presente ou porque foram sufocados por eles. Outros comandam e controlam a vida dos filhos porque foram controlados ou porque sentiram falta de alguém para lhes dar orientação.
Não importa qual seja sua história com seu pai: é importante ter consciência sobre o que ficou registrado em você dessa relação e o que você quer construir com seu filho.
Cuide de suas emoções
Por mais que você esteja animado com a ideia de ser pai, esta também é uma situação muito assustadora: trata-se de uma vida que dependerá totalmente de você, do seu trabalho, do seu cuidado e de seu amor.
Não fuja dos seus medos e preocupações. Em vez disso, coloque todas as suas dúvidas e temores no papel e questione cada um deles. Você certamente perceberá que a maioria dos seus receios são irreais.
Crie vínculos afetivos com o bebê
Converse com o bebê ainda dentro da barriga, conte sobre seu dia, fale o que está fazendo, diga o que está sentindo e explique que todas essas emoções são apenas suas. Os pais podem ajudar o bebê a sentir novas emoções, estimulando-o de forma consciente. Falar, contar histórias, cantar e dizer o quanto ele é esperado faz com que o bebê se sinta acompanhado e amado.