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O suicídio é considerado um problema grave de saúde pública. Para Organização Mundial de Saúde (OMS), é importante que o tema seja tratado como prioridade.

Dois casos de suicídio causaram uma grande comoção no Colégio Bandeirantes, uma das escolas mais famosas e conceituadas de São Paulo. A notícia, que tomou conta das redes sociais e dos principais veículos de comunicação da cidade, gerou grande preocupação entre pais, professores e alunos.

As tragédias abrem espaço para um importante questionamento: precisamos prestar mais atenção na depressão na adolescência para evitar que mais casos como esses ocorram?

Rodrigo Fonseca, presidente e fundador da Sbie, foi entrevistado pelo Estado de S. Paulo e ressaltou a importância do diálogo em família e de uma observação minuciosa por parte da instituição de ensino.


Depressão na adolescência e o desenvolvimento da Inteligência Emocional

A adolescência é uma fase bastante desafiadora na vida da maioria das pessoas. Marcada pela impulsividade, o período gera uma forte necessidade de aceitação e autoafirmação.

Outro ponto importante: a estrutura e organização da forma de pensar passa por uma intensa transformação. O indivíduo está no meio do caminho entre a infância e a vida adulta, o que gera ansiedade e expectativas.

Todas essas transformações podem ser dolorosas para algumas pessoas, ainda mais quando é preciso equilibrar essas mudanças com as exigências do seu ciclo social.

Os pais precisam olhar com atenção para seus próprios padrões comportamentais condicionados e a maneira como lidam com suas questões emocionais. A tendência é que os filhos repitam a conduta dos pais e adotem seus hábitos.

Por esse motivo, a família precisa fazer um esforço conjunto para olhar para suas próprias emoções e estar sempre avaliando e fazendo os ajustes necessários para levar uma vida mais harmoniosa, saudável e feliz.

As competências emocionais precisam ser trabalhadas desde de cedo. Não só em casa, como também no ambiente escolar.

É importante que exista um canal de comunicação entre pais e educadores para que a Inteligência Emocional seja trabalhada nos dois principais lugares responsáveis pela formação das crianças e adolescentes.


Quais os sinais que precisam de atenção?

O suicídio é considerado um problema grave de saúde pública. Para Organização Mundial de Saúde (OMS), é importante que o tema seja tratado como prioridade e que estratégias sejam traçadas para quebrar os estigmas que cercam o assunto.

Para Rodrigo Fonseca, é essencial que os pais dediquem um tempo para conversar com seus filhos e fiquem sempre alertas aos sinais e sintomas que podem indicar uma depressão.

Os conflitos normais da adolescência podem confundir a identificação de um comportamento suicida – já que o mesmo costuma ser silencioso. Confira alguns sinais:

  • Dificuldades sociais
  • Isolamento
  • Insegurança e baixa autoestima
  • Mudanças bruscas de humor
  • Automutilação
  • Depressão


Desinteresse por coisas que antes eram prazerosas

É importante ressaltar que esses comportamentos não são, necessariamente, fatores de risco. Eles podem indicar um quadro de depressão ou uma crise passageira. Porém, é importante dar a atenção necessária e procurar um acompanhamento médico e psicológico.

Pais conscientes e professores preparados é fundamental para que tragédias como essas sejam evitadas e o desenvolvimento da Inteligência Emocional é uma importante aliada para que os jovens enfrentam a adolescência de maneira mais saudável e feliz.

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