Conviver diariamente com alguém que sofre de depressão é um desafio que pode trazer, em certos momentos, uma sensação de frustração e esgotamento emocional. Afinal, é necessário lidar com as mudanças de humor, o desinteresse, a agressividade e o cansaço que o transtorno pode provocar. Para se relacionar com alguém que apresenta o problema, o primeiro passo é entender que a depressão não é racional e também não se trata de uma “frescura” ou preguiça.
Mais do que uma tristeza pontual e passageira, a depressão causa uma melancolia persistente e sem motivo aparente. Essa tristeza consome os pensamentos do indivíduo e impede que a pessoa veja o lado positivo das mais diversas situações.
Os principais sintomas da depressão incluem uma interpretação distorcida da realidade, além de ansiedade, dificuldade de concentração, alterações no sono, no apetite e na libido. É provável que a relação com o depressivo seja marcada pela inconstância, porém, vale refletir que uma relação afetiva saudável não significa a ausência de problemas. Ao contrário: para manter relações duradouras e maduras é preciso ter paciência e compreensão. A união do casal em momentos de adversidades é compensadora e também é capaz de fortalecer os laços afetivos.
Dicas de Inteligência Emocional para lidar com a depressão do parceiro
Incentive o tratamento
Procurar a ajuda profissional deve ser o primeiro passo para enfrentar o problema. Quanto mais cedo o tratamento médico começar, as chances do quadro depressivo se agravar diminuem. É comum que indivíduos que sofrem de depressão entrem em um estado de negação em relação à doença, dificultando o diagnóstico e o tratamento. Por esse motivo, mantenha-se disposto para acompanhar a pessoa nas consultas e dê todo o suporte possível durante o processo.
Estude sobre o assunto
Pesquisar sobre o tema e entender as diversas maneiras que a doença costuma agir te dará ferramentas e te deixa preparado para enfrentar esse momento. Informe-se.
Escute o parceiro
Encoraje a pessoa a falar sobre seus sentimentos e faça um exercício para ouvi-la sem julgamentos. Ações como essas são importantes para que o parceiro se sinta acolhido.
Não se responsabilize
Tome cuidado com a tendência a se culpar. Só é possível ajudar alguém quando nos sentimos bem com nós mesmos. Portanto, não pense que você possui responsabilidade sobre o estado emocional e psicológico do parceiro. Ofereça apoio e demonstre que você se importa, mas é importante admitir que você não é capaz de “curar” o outro – essa melhora só será possível com um conjunto de esforços que não estão apenas nas suas mãos.
Não ultrapasse seus próprios limites
Mesmo que o parceiro esteja passando por um momento difícil, você continuará tendo suas necessidades. Fale honestamente como você se sente e sobre o que é capaz ou não de fazer. Procure não prometer nada que não consiga cumprir e tenha cuidado para não se anular por conta da relação. Ao ter atitudes como essas você poderá reforçar a dependência emocional do parceiro, dificultando sua melhora.