Relacionamentos são sempre delicados. Isso porque, em qualquer situação na qual existe mais de uma pessoa, existe mais de uma personalidade, bem como diferentes crenças, valores, pensamentos e histórias de vida. Nem todas as pessoas sabem como lidar e interagir nesse contexto, e acabam se tornando inseguras para se relacionar com os outros.
Muitas pessoas encaram a necessidade de se relacionar como um pesadelo, e as consequências desta insegurança e medo podem trazer prejuízos sérios para a vida desses indivíduos, tais como: timidez excessiva, isolamento social, desenvolvimento de fobias, ansiedade e até depressão.
Se você quer descobrir como vencer a insegurança e o medo, o primeiro passo é entender a raiz dos seus medos para, em seguida, enfrentá-los e encontrar formas positivas de se relacionar com o mundo.
Qual a raiz do seu medo?
Sob os olhos da Inteligência Emocional, a maneira como nos relacionamos com as pessoas é um reflexo de como nos relacionamos com nossos pais durante a infância e até mesmo antes do nascimento: é cientificamente comprovado que os sentimentos, pensamentos e emoções dos pais são transferidos para o bebê durante a gestação. Isso significa que muitos medos manifestados na fase adulta podem ter sido gerados ainda no útero materno.
Todo ser humano carrega o medo da rejeição. A possibilidade de não atender ou superar a expectativa das pessoas dispara o medo de ser rejeitado ou criticado e, por isso, muitas pessoas têm dificuldade de se relacionar. Elas sentem a necessidade de aceitação, mas ainda não superaram o medo de que aconteça o contrário, projetando este temor em suas relações.
Se você foi muito criticado quando criança, com certeza sente muito medo de ser criticado. Se você foi muito cobrado, acabou desenvolvendo medo de errar e ser rejeitado por isso. Pode ser, ainda, que você tenha passado por uma situação na qual foi ridicularizado e sinta muito medo de passar de novo.
Busque na sua história de vida como eram suas relações desde a infância. Reflita sobre como era sua relação com seus pais, quais eram as exigências deles e de que forma você reagia a elas. Quais eram as punições e os reforços positivos diante de erros e acertos? Faça uma relação de tudo isso com o momento atual e traga consciência para sua forma de se relacionar.
Como vencer o medo da rejeição e se relacionar positivamente
Olhe o lado construtivo
Entenda que você é um ser humano e, como tal, comete erros e acertos. Por isso, pare de se cobrar, de buscar a perfeição e de desejar sempre ser aprovado pelas pessoas. Um erro não deve ser sinônimo de rejeição e críticas. Se for criticado, procure olhar para o lado construtivo: de que forma você pode melhorar?
Pare de se comparar
Um dos maiores sabotadores da autoestima e da segurança emocional é o hábito de se comparar às outras pessoas. Cada vez que você se compara, você anula suas qualidades e particularidades. Talvez você não saiba, mas muitas pessoas gostariam de ter algumas coisas que você tem, e quem você acha que é perfeito pode estar desejando ser outra pessoa.
Aprenda a aceitar o que não pode mudar
Caso existam coisas (em você ou no ambiente a seu redor) que não podem ser mudadas, trabalhe para aceitá-las melhor. Você não pode mudar sua estatura, o trânsito, a política e o estado de saúde de um familiar. Portanto, pare de lutar contra esses fatores e se concentre nas coisas que dependem de você — como ser menos estressado, mudar de trabalho, emagrecer.
Lembre-se de suas qualidades
Tire o foco do que está errado. Para se sentir seguro, você precisa ter consciência de suas qualidades. Faça uma lista de tudo o que ama sobre você mesmo, e tenha isso sempre em mente. Toda vez que se criticar por algo, lembre-se de uma qualidade positiva.
Lembre-se que você é vitorioso
Escreva sobre os seus sucessos ao longo da vida, as realizações das quais se orgulha e memórias queridas. Quando se sentir incapaz de fazer alguma coisa, veja sua lista e lembre-se de como você é uma pessoa capaz e fantástica.
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