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© Depositphotos.com / lenecnikolai Para se educar financeiramente, é necessário compreender sua relação emocional com o dinheiro.

Todas as atividades realizadas pelo ser humano começam em seu cérebro, um órgão que está em constante desenvolvimento. O cérebro está sempre pronto para adotar novos hábitos ou eliminar comportamentos antigos. Esse funcionamento é chamado de neuroplasticidade cerebral, e exige que o indivíduo seja psicologicamente forte para encarar as mudanças que envolvem o processo de aprendizado.

Para mudar determinado comportamento ou pensamento, é necessário tirar essas ações do automático e começar a agir de maneira consciente. Quando o assunto é reeducação financeira, isso significa que é necessário compreender e planejar o orçamento e o custo de vida com consciência.

Como é sua relação com o dinheiro?

O primeiro passo para se reeducar financeiramente é compreender qual a relação emocional que você tem com o dinheiro. Muitas pessoas colocam toda a responsabilidade no dinheiro, culpando-o por todos os problemas da vida — incluindo discórdias amorosas e brigas familiares.

É necessário ter em mente que todas as nossas crenças, inclusive as relacionadas ao dinheiro, foram arraigadas no inconsciente por meio das experiências e informações recebidas durante a infância. Pais, cuidadores, professores, orientadores e religião são os principais responsáveis por formar essas crenças.

Por isso, é importante avaliar qual o papel do dinheiro na sua infância e como ele influenciou a relação com sua família, de maneira positiva ou negativa. A tendência é que você sempre repita os mesmos padrões comportamentais aprendidos durante a infância, mesmo que de maneira inconsciente. Traga consciência para a sua história com o dinheiro, mudando sua relação com ele e se sentindo merecedor dele.

Dicas práticas para uma reeducação financeira

– Faça uma planilha com todos os seus custos fixos e saiba exatamente a quantia que você precisa para pagar suas contas básicas. Quando não há controle das despesas, é muito mais fácil se perder;

– Separe um valor para algo que seja importante para você, como comprar uma roupa ou ir a um jantar. Quando você tem um valor destinado a isso, evita gastar de forma descontrolada;

– A partir do seu planejamento de custos fixos, você pode acompanhar se os gastos estão dentro do limite definido. Saiba exatamente onde você está usando o seu dinheiro para não ter surpresas desagradáveis;

– Tenha hábitos equivalentes ao que você ganha;

– Se você planeja comprar um bem material — como um carro ou a casa própria —, planeje-se antecipadamente para que o investimento não prejudique suas despesas fixas;

– Planeje viagens com bastante antecedência, aproveitando descontos nas passagens e hospedagens;

– Procure opções de lazer que não tenham custo, como eventos culturais gratuitos e passeios ao ar livre;

– Reflita antes de comprar algo por impulso e correr o risco de deixar o item guardado;

– Poupe para reduzir os gastos com as contas básicas. Atenção especial à luz, água e telefone;

– Cuidado com os juros de cheque especial, empréstimos e cartão de crédito. Não use nenhum desses recursos como renda extra;

– Faça o possível para comer mais em casa e menos na rua. Se possível, leve comida para o trabalho e economize ao longo da semana.

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