Na última segunda-feira, 09 de novembro de 2015, o presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional, Rodrigo Fonseca, participou da 15ª edição da ExpoManagement — um evento promovido pela HSM, consultoria especializada em educação executiva. Na ocasião, Fonseca teve a oportunidade de assistir à palestra do renomado psicólogo Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional.
Confira, abaixo, as impressões de Rodrigo Fonseca sobre o encontro e quais foram as lições aprendidas:
“Goleman defende que o foco é um aspecto fundamental da Inteligência Emocional. A habilidade de se manter focado nos sentimentos, de entender a razão de nos sentirmos de determinada maneira e de saber o que fazer com esses sentimentos é essencial para conquistar a Inteligência Emocional.
Segundo Goleman, temos três tipos de foco: o primeiro é o foco em nós mesmos. O segundo diz respeito ao foco nas pessoas que convivem conosco. O terceiro é o foco no mundo à nossa volta, abrangendo a compreensão de como o indivíduo afeta o mundo e como o mundo afeta cada um de nós.
O especialista acredita que esses três tipos de foco são muito fáceis de serem perdidos. Muitos líderes, por exemplo, perdem o segundo tipo de foco. Isso porque eles estão tão concentrados em cumprir metas e aumentar a receita, que acabam esquecendo o quanto suas decisões impactam a vida de quem trabalha para eles. E isso pode criar problemas sérios num ambiente corporativo.
Acredito que o foco no mundo à nossa volta merece atenção muito especial, pois tem gerado grandes desafios para os líderes. Num momento em que informações sobre a crise são espalhadas por diversos meios de comunicação, é extremamente importante manter a concentração em nossos objetivos — pois esses recursos, somados a tecnologias digitais, estão degradando cada vez mais a nossa habilidade de concentração.
Com isso, a criatividade em um time de trabalho cai bruscamente, e a equipe passa a maior parte do tempo “apagando incêndios”.
E quais são as consequências de se focar na crise? Problema e perigo.
Para o nosso cérebro, mais precisamente para a amígdala cerebral (disparada em situações de crise), os estímulos de caos trazem a informação de que precisamos nos preservar, ou seja, manter a nossa vida. Assim, o corpo gera sentimentos de medo e ansiedade.
Para preservar nossa vida, o cérebro inicia um processo de estagnação e, com isso, a criatividade é deixada de lado e o senso de urgência e preservação é colocado em Foco.
É preciso desenvolver a Inteligência Emocional para evitar cair nessa armadilha e, assim, prejudicar não apenas a nossa vida profissional, mas também o aspecto pessoal.
Fique atento ao que acontece ao seu redor e esteja focado naquilo que você quer para sua VIDA!”