Assim como um hipertenso precisa estar sempre controlando sua pressão arterial com hábitos saudáveis, uma pessoa com histórico de depressão deve se manter constantemente atenta para que a doença não se desenvolva novamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 7% da população mundial tem a doença, e estima-se que esta se torne a doença mais comum em todo o planeta até o ano de 2030, superando os problemas cardiovasculares e até o câncer.
Causado por fatores genéticos, ambientais e psicológicos, este é um problema silencioso e que é desencadeado por gatilhos emocionais que vão muito além de fatores genéticos e alterações químicas cerebrais. A depressão tem cura, mas é preciso tratar a doença em todos os seus aspectos (neurológicos, psicológicos e emocionais) e estar sempre atento a possíveis recaídas.
Depressão: fatores que levam a uma recaída
Falta de autoconhecimento
O autoconhecimento é fundamental para que o indivíduo consiga reconhecer se os sintomas da depressão estão voltando ou se ele está apenas passando por um momento pontual de tristeza. Vale destacar que se sentir triste de vez em quando é perfeitamente normal e faz parte da vida, uma vez que todas as pessoas têm dias ruins e passam por momentos de dificuldade.
A depressão, por outro lado, causa uma tristeza sem motivo aparente e que consome o indivíduo, dificultando sua rotina e a manutenção dos relacionamentos. É preciso saber identificar o que está causando o desconforto e de que forma essa emoção se manifesta para poder encontrar formas de superar o problema.
Afastamento do tratamento
Um acompanhamento psicológico é muito importante para indivíduos que apresentam quadros depressivos, podendo trazer uma grande melhora em algumas semanas. É muito comum, porém, que o paciente abandone o tratamento ao começar a sentir os primeiros sinais de melhora. Este é um grande erro, que faz com que ele volte a ficar vulnerável, aumentando as chances de apresentar recaídas.
Jamais abandone um tratamento sem consentimento médico, mesmo se estiver se sentindo bem. Esse tipo de intervenção precisa de um começo, meio e fim, e é importante concluir todas as etapas para superar a depressão definitivamente.
Lesões emocionais
A ciência pode controlar a depressão com medicamentos, mas também é importante entender que as feridas emocionais precisam ser curadas para que os remédios não funcionem apenas para camuflar questões internas que precisam ser trabalhadas. É muito importante cuidar dos fatores emocionais que levaram ao desenvolvimento da doença.
Tratamento da depressão: como a Inteligência Emocional pode ajudar?
É importante que a pessoa depressiva olhe para as dores que fazem parte da sua história de vida e ressignifique essas memórias que geram padrões de comportamento prejudiciais, sustentam crenças limitantes e desencadeiam a depressão. Ao atribuir novos significados para os acontecimentos registrados no inconsciente, é possível aprender a superar conflitos, dominar as emoções e se relacionar de maneira mais saudável consigo mesmo e com os outros. Esse processo de consciência que a cura emocional proporciona pode ser aprendido e praticado por meio do desenvolvimento da Inteligência Emocional, que permite a administração e a percepção das emoções.