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© Depositphotos.com / HighwayStarz É essencial para os homossexuais que seus familiares estejam ao seu lado apoiando a sua decisão.

Nas últimas décadas, o mundo tem presenciado uma mudança social e comportamental muito significante no que diz respeito à tolerância e respeito às diferenças. Se antigamente os homossexuais não poderiam nem pensar em assumir sua sexualidade no ambiente familiar ou perante a sociedade como um todo, agora é bem mais comum ver casais homoafetivos andando de mãos dadas, se casando e convivendo tranquilamente com suas famílias e grupos de amigos.

Essas transformações, porém, não fizeram com que o preconceito fosse completamente exterminado e muitos gays ainda sofrem com a falta de aceitação, especialmente dentro de casa.

Como lutar contra o preconceito

Entender as emoções (próprias e a dos outros) é a melhor maneira de enfrentar uma situação de preconceito. Muitos pais idealizam seus sonhos pessoais em seus filhos, esperando que eles se tornem profissionais dedicados e realizados, com uma bela casa e alguém bacana para construir uma família. A imagem perdida deste filho pode ser muito dolorosa para família, que também se preocupa com a opinião das outras pessoas e com o preconceito que certamente será enfrentado.

Caso seus familiares estejam incomodados com a orientação sexual do seu filho, este pode ser um indício de que eles não conseguem lidar com as próprias emoções. Enquanto a dificuldade para lidar com as diferenças está diretamente ligada à incapacidade de administrar as emoções e sentimentos, pessoas emocionalmente inteligentes possuem uma postura menos rígida em relação à sexualidade dos outros.

Além disso, existem alguns fatores que servem como gatilhos para que um indivíduo desenvolva essa postura mais rígida. São eles: convivência com pais inflexíveis ou agressivos, críticas excessivas durante a infância, famílias disfuncionais e superproteção dos pais.

Por que ainda existe preconceito?

Para a psicologia, o preconceito está relacionado principalmente a dois fatores:

  • Insegurança em relação a própria sexualidade: pessoas que foram reprimidas sexualmente tendem a projetar sua frustração em forma de revolta;
  • Incapacidade de lidar com as diferenças: pessoas rígidas demais e sem habilidade de lidar com as próprias emoções têm mais dificuldade em aceitar outras maneiras de viver. Violência, maus tratos na infância e pais excessivamente rígidos podem explicar esse comportamento;
  • Baixa autoestima: os problemas de baixa autoestima também podem desencadear esse tipo de preconceito, uma vez que só é possível aceitar o outro, quando conseguimos nos aceitar.

Enfrente o preconceito com Inteligência Emocional

Pessoas preconceituosas não têm consciência da origem de sua aversão. Por isso, é necessário trabalhar as questões emocionais e a história de vida de cada integrante da família, de modo que eles possam atribuir novos significados às memórias que trazem frustração e revolta. Dessa forma é possível criar uma realidade na qual as pessoas saibam respeitar diferentes identidades e orientações sexuais.

Por meio do desenvolvimento da Inteligência Emocional, é possível compreender os preconceitos, limitações e afastar situações que causam desconfortos como mágoas, raiva e atitudes explosivas dentro do âmbito familiar. Investir em autoconhecimento é a chave para construir uma relação familiar repleta de amor e blindada de qualquer tipo de preconceito.

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