A falta de amor próprio é uma consequência da falta de autoconhecimento. Uma pessoa que tem autoconhecimento tem consciência de que carrega muitas coisas positivas e negativas, e é capaz de lidar com isso. O autoconhecimento ensina a valorizar potenciais e minimizar limitações e, portanto, esse é um processo fundamental para cultivar o amor próprio.
Uma pessoa que não se conhece tende a viver no automático, focando apenas no que está errado. Quando você está focado nos seus erros e nas suas limitações, você anula os acertos e potenciais. Como se amar se você não reconhece nada de positivo em você? É justamente nesse contexto que a falta de amor próprio se instala.
A importância do amor materno
O primeiro contato que uma pessoa tem com o amor é por meio do amor materno. Se durante a gestação ou os primeiros anos de vida, por alguma razão, você interpretou que estava sendo rejeitado ou achou não era amado por sua mãe, você pode ter dificuldade de cultivar o amor próprio.
Isso normalmente acontece em casos de gravidez não planejada, tentativas de aborto, sofrimento fetal ou quando a mãe queria que o filho fosse de outro sexo. Pode acontecer também em casos de depressão materna, morte da mãe, abandono materno, maus tratos ou abuso físico ou sexual.
Ter entendimento da sua história de vida, bem como conhecer a história da sua mãe, é a melhor forma de curar essa dor e ressignificar possíveis interpretações de rejeição e falta de amor que estão registradas no seu inconsciente. Treinamentos de Inteligência Emocional e ajuda terapêutica são fundamentais nesse processo.
Consequências da falta de amor próprio
A falta de amor próprio interfere em todas as áreas da vida. Isso porque a maneira como nos relacionamos com o mundo é um reflexo da forma como nos relacionamos com nós mesmos. Portanto, se se você não é capaz de se amar, não será capaz de amar outra pessoa.
Quando você aprende a gostar de quem você é, independentemente dos aspectos que precisam ser melhorados, você não precisa da aprovação de mais ninguém para se sentir merecedor daquilo que é melhor para sua vida. Por outro lado, se você rejeita a si mesmo, rejeita também tudo o que chega até você: pessoas, amor, trabalho, dinheiro e felicidade.
Como consequência, você desenvolve doenças emocionais relacionadas à falta de amor próprio, autovalorização e confiança — como depressão, síndrome do pânico, fobia social e transtorno afetivo bipolar.
Vença a falta de amor próprio
Para ter amor próprio, não existe muito segredo: é necessário gostar de quem você é. Esta tarefa é mais simples do que parece, e exige apenas que você conheça a si mesmo.
Pense desta maneira: como começamos a gostar de alguém? O primeiro passo é se aproximar desta pessoa, deixando de lado todos os comentários que já ouvimos sobre ela. Em seguida, passamos a conhecer a pessoa, sua história e seus pensamentos, identificando tudo o que ela tem de bom e o que não é tão legal assim. A partir daí, criamos uma relação de harmonia ou desarmonia.
Esse mesmo processo deve ser seguido para aprender a gostar de você. Confira alguns exercícios que ajudarão neste processo:
Reconheça seus potenciais
– Para que as pessoas lhe procuram? (para conversar, desabafar, quando precisam resolver um problema, quando querem se distrair, quando querem um conselho, quando querem sair)
– Quais são as coisas que você faz de olhos fechados? (desenhar, projetar, escrever, vender, cuidar…)
– Quais são suas características positivas? (pontualidade, organização, disposição, comprometimento, resiliência, empatia…)
Aceite suas limitações
– Quais são as suas maiores limitações? (procrastinação, pessimismo, falta de comprometimento, insegurança, apatia, egoísmo, instabilidade emocional)
Perceba quais são as suas limitações e identifique a melhor forma de lidar com elas, garantindo que elas gerem menos impacto negativo em sua vida. Lembre-se que ninguém é perfeito e, por isso, se cobre menos e pare de se preocupar tanto com o que as pessoas pensam a seu respeito.
Lembre suas conquistas
Lembre-se de quais foram as maiores conquistas da sua vida. É natural que também surjam alguns fracassos em meio a essas memórias, mas mantenha-se focado e pense somente nas vitórias. Traga o máximo de memórias que puder, desde quando tirou as rodinhas da bicicleta até o seu primeiro emprego ou a compra do primeiro carro.
Após tudo isso, reflita: você realmente não tem valor? Realmente não existem motivos para gostar de você? Todas as vezes que se sentir enfraquecido, refaça esses exercícios. Se você quer conhecer ainda mais sobre você, sua história e sobre tudo que há por trás de quem você é, venha desenvolver a sua Inteligência Emocional com a SBie!
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