A carência afetiva é caracterizada por uma dependência emocional extrema, na qual uma pessoa precisa da outra para se sentir feliz e amada.
Esta condição se torna um peso para os envolvidos, uma vez que ninguém é capaz de suprir os problemas internos de outra pessoa.
Dar carinho é tão importante quanto receber: segundo pesquisa do Ibope, 28% da população brasileira considera não ter recebido carinho na vida, enquanto 21% afirma jamais ter expressado carinho a qualquer outra pessoa.
Esses números explicam porque existem tantas pessoas que sofrem de carência afetiva.
Quais são os sintomas da carência afetiva?
- Extrema dependência do outro para ser feliz;
- Submissão e hábito de aceitar qualquer condição por medo de ficar sozinho;
- Dificuldade de manter relacionamentos longos, pois os parceiros não suportam o fardo de ter que fazer o outro feliz o tempo todo;
- Excesso de ciúmes e controle sobre o outro;
- Tendência a sufocar o parceiro e a abandonar seus planos pessoais para viver a vida do outro;
- Falta de critérios para se relacionar, pois, qualquer coisa é melhor que ficar sozinho;
- Hábito de se comparar com outras pessoas e se sentir inferior a elas;
- Excesso de cobrança em seus relacionamentos, inclusive com amigos e familiares;
- Necessidade de chamar a atenção das pessoas;
- Hábito de se fazer de vítima para que o outro se comova.
Veja mais: “Baixa autoestima: 14 sintomas de que você está praticando o desamor”
Como é desenvolvida a carência afetiva?
A qualidade das relações primárias é o que determina a capacidade de dar e receber carinho na vida adulta.
Crianças que não receberam carinho suficiente ou foram rejeitadas e abandonadas costumam ter carência afetiva, pois não aprenderam a receber ou dar carinho.
Isso pode acontecer tanto em uma situação real ou por interpretação da criança diante de algum fato traumático.
O excesso de carinho e cuidado também pode desencadear a carência afetiva.
Isso porque pessoas que cresceram com muita dependência dos pais tendem a sentir que não são capazes de fazer nada sozinhas, inclusive amar a si mesmas.
Como consequência, essas pessoas condicionam sua felicidade aos outros.
O maior problema da carência afetiva é que, quanto menos uma pessoa pratica o ato de dar carinho, mais difícil se torna para ela ser carinhosa no futuro.
Isso acontece porque esta pessoa acaba se fechando emocionalmente.
Portanto, se você não sabe dar e receber carinho, cuide das suas dores e livre-se dessa dependência que acaba com tantas relações.
Como tratar?
Aprenda a ficar sozinho
Antes de se relacionar com uma pessoa, aprenda a se relacionar com você, a gostar da sua companhia e a preencher seu vazio interior.
Seu parceiro(a) deve ser escolhido a partir do desejo de estar acompanhado, e não da necessidade de suprir suas carências.
Saiba reconhecer o amor
As pessoas associam o amor a um relacionamento a dois, mas existem tantas outras formas e expressões de amor: pais, irmãos, filhos, amigos, colegas de trabalho.
Perceba quantas coisas eles fazem para lhe agradar, para suprir suas necessidades básicas, para lhe ver sorrindo e para que você se sinta especial.
As pessoas têm diferentes formas de demonstrar o amor, que vão muito além do “eu te amo”.
O amor pode vir por meio da sua comida predileta ou pelo cuidado.
Aceite a forma como as pessoas amam e comece a reconhecer o amor em pequenos movimentos.
Ame-se!
Você é capaz de amar outra pessoa, com tudo o que ela tem de positivo e negativo.
Mas, você também consegue amar a si mesmo, da forma como você é neste exato momento?
Aprenda a gostar de você, conheça as suas qualidades, aprenda a lidar com suas limitações e sinta-se bem com isso.
Nutra o amor-próprio e perceba como a necessidade pelo outro diminui.
Reconheça-se
Reconheça seu valor, suas conquistas, seu papel no ambiente de trabalho, em casa e no mundo.
Dê feedbacks e presentes a você, agrade-se, mime-se. Dê a você tudo aquilo que busca no outro, desde um simples elogio até uma viagem de férias.
A carência afetiva está enraizada no desejo de suprir vazios interiores. Se você quer começar a se amar, precisa olhar para você e para sua história de vida.
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