Além dos desafios do dia a dia, das reuniões, metas, prazos e desafios, algumas pessoas têm de enfrentar situações ainda mais desagradáveis no ambiente de trabalho. É o caso de pessoas que sofrem humilhações e assédio moral no trabalho. A perseguição no trabalho pode ocorrer de diversas maneiras e por diferentes motivos, desestabilizando a vida de uma pessoa, podendo desencadear até doenças físicas e psicológicas.
A perseguição pode partir de um superior (como chefe, gerente ou coordenador) ou de um dos colegas do mesmo nível hierárquico. A vítima pode ser ridicularizada e humilhada em reuniões, almoços e no dia a dia, sendo excluída da maioria dos eventos e conversas ou até ser motivo de piada.
Superiores que perseguem seu colaborador costumam chamar sua atenção na frente dos colegas, responsabilizando a pessoa pelos erros, fazendo questão de supervalorizar suas limitações e destacando a pessoa como um exemplo a não ser seguido.
A pessoa perseguida é colocada em situações constrangedoras e, na maioria das situações, acaba sendo exposta. A longo prazo essa situação abala a autoconfiança e autoestima, reduzindo a produtividade e fazendo com que a pessoa se isole e acabe pedindo demissão.
Principais causas do constrangimento no trabalho
- Quando uma pessoa se sente ameaçada pelo colega, com medo de perder o emprego e o cargo para ele;
- Problemas pessoais entre os colaboradores levados ao ambiente de trabalho;
- Falta de empatia, sem motivos específicos;
- Preconceito ou racismo;
- Divergências de ideais, opiniões e pontos de vista;
- Necessidade de se superiorizar perante os colegas.
A maioria das pessoas que praticam assédio moral tem muitos problemas pessoais, emocionais e familiares. Elas acabam descontando toda essa frustração no ambiente de trabalho, pois projetam as pessoas da sua família nos colegas de trabalho e agem com os colegas de trabalho da mesma forma que agem com seus familiares — por não conseguirem resolver seus problemas pessoais e familiares, acabam se perdendo nas relações profissionais.
O que fazer se você é vítima de perseguição no trabalho
Converse
O diálogo é a melhor ferramenta para solucionar problemas. Antes de mais nada, converse com a pessoa que te persegue, fale sobre como você se sente e pergunte se tem algo que você pode fazer para melhorar ou para ajudá-la. Muitas vezes, a pessoa não tem nem consciência de que está fazendo isso e, quando alguém chama sua atenção, ela pode mudar o comportamento.
Aja com indiferença
Quando colocado em uma situação constrangedora, não deixe que essa situação te desestabilize emocionalmente. Respire fundo e mantenha o foco nas suas atividades. Não existe nada pior do que ser tratado com indiferença, portanto, seja indiferente até que a pessoa canse e perceba que sua provocação não está fazendo efeito.
Tenha compaixão
Um ponto importante é não se abalar e não deixar que a situação faça com que você se torne uma pessoa insegura. Entenda que a situação tem muito mais a ver com os problemas da pessoa e, muitas vezes, não tem relação direta com você. Por mais difícil que seja, compreenda que quem faz isso sofre muito mais do que a vítima: o perseguidor se sente tão ameaçado e inseguro, que precisa inferiorizar os outros para se sentir bom o suficiente.
Tome providências burocráticas
Se nada disso adiantar e você estiver realmente incomodado e prejudicado com essa situação, existem vários procedimentos que podem ajudar: registre todos os casos e tenha testemunhas, converse com os superiores de quem está fazendo o assédio moral e registre boletins de ocorrência. Se mesmo assim o problema não for resolvido, entre entrar em contato com os sindicatos e/ou advogados trabalhistas para resolver a situação.