As formalidades médicas impedem que uma criança seja considerada psicopata, uma vez que o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Antissocial só é aplicável em pessoas com mais de 18 anos. Crianças que apresentam certos comportamentos antissociais são diagnosticadas com Transtorno de Conduta.
Estima-se que essa desordem mental atinja entre 1% e 2% da população mundial. Estudos mostram que os psicopatas apresentam deformações em uma estrutura cerebral chamada amígdala — responsável pelas reações emocionais do ser humano — e, como consequência, os portadores deste problema não desenvolvem o superego e não conseguem aprender ou entender valores sociais.
Embora não exista uma causa específica para a Psicopatia, sabe-se que o problema não é causado por traumas ou eventos vivenciados pelo indivíduo. A pessoa já nasce com essa desordem, e não possui a capacidade de simpatizar com as emoções dos outros, são apáticas, dominadas pelo excesso de razão e a ausência de emoção.
Características de uma criança com Transtorno de Conduta
- Hábito de mentir;
- Incapacidade de tolerar a frustração;
- Hábito de maltratar de maneira cruel os coleguinhas, irmãos e animais domésticos;
- Ausência de culpa ou remorso, além de não demonstrar o menor constrangimento quando são pegas fazendo algo errado;
- Conduta desafiadora às figuras de autoridade, como professores e pais;
- Preocupação excessiva com os próprios interesses;
- Tendência a culpar outras pessoas pelos seus erros;
- Violação constante às regras sociais.
Como os pais devem agir diante de um Transtorno de Conduta
É importante ressaltar que as características de um psicopata, acima citadas, são muito genéricas e apenas um diagnóstico médico feito por especialistas pode dizer com exatidão se a criança possui ou não um distúrbio de conduta. Os pais também precisam ficar atentos com a frequência e intensidade que esses comportamentos se manifestam.
É possível que as crianças e adolescentes que apresentam transtorno de conduta tornem-se psicopatas quando adultos. Por isso, é fundamental que os pais adquiram conhecimento sobre o tema e passem a reconhecer a disfunção nas crianças. Quando o transtorno é identificado em um grau leve, a psicopatia pode ser modulada por meio de vigilância constante, regras mais duras e uma educação mais rigorosa.