“Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou sempre assim…Gabriela”. O trecho da música escrita por Dorival Caymmi e interpretada por Gal Costa fez sucesso na TV na década de 1970, quando foi tema da personagem central da telenovela Gabriela — uma adaptação da obra do autor baiano Jorge Amado. A trama mostra uma mulher que não conseguia se adaptar aos costumes da época e se recusou a moldar seu jeito espontâneo e um pouco rude para se enquadrar na cidade em que vivia.
Esse comportamento obstinado é chamado de Síndrome de Gabriela, sendo observado em pessoas que acreditam que não precisam mudar ou adaptar seu comportamento a situações que não lhe agradam. Se por um lado esta é uma atitude bastante positiva, que demonstra autoestima e personalidade, este comportamento também pode ser perigoso — já que uma pessoa que se recusa a modificar seus padrões e comportamentos pode cair em uma zona de conforto, perdendo diversas oportunidades e desgastando relacionamentos.
Ao se recusar a mudar, crendo que nasceu daquela maneira e assim permanecerá até o fim da vida, o indivíduo dificulta seu crescimento profissional e pessoal. Isso porque as mudanças fazem parte da evolução do ser humano e, para isso, é preciso se abrir para o novo e se permitir rever os próprios conceitos e crenças de vez em quando.
Síndrome de Gabriela: quais são as causas?
A falta de autocrítica e autoconhecimento são as principais causas para a síndrome, que pode prejudicar (e muito!) os relacionamentos pessoais e profissionais. As relações devem funcionar como uma via de mão dupla: é preciso saber a hora de ceder e a hora de se impor. Só assim é possível manter o equilíbro e a harmonia no trato com as pessoas — sejam familiares, amigos ou colegas profissionais.
A Síndrome de Gabriela está relacionada a uma forte resistência ao novo e à dificuldade em aceitar mudanças. Indivíduos que apresentam o problema não conseguem enxergar que sua forma de ser e agir pode estar, na realidade, sabotando a si mesmo em diferentes esferas da vida. O principal gatilho que gera esse tipo de comportamento é o medo da mudança.
Para barrar a síndrome, é preciso fazer uma autoanálise que permita conhecer seus pontos fortes e os que precisam ser melhorados. Após esse exercício, sinta o desconforto de todos os aspectos que te limitam. Afinal, qualquer mudança começa com o desconforto. Ninguém sente necessidade de modificar nada com que não se incomoda, certo?
Permita-se mudar crenças e comportamentos limitantes, refletindo diretamente na maneira como você lida com as pessoas que fazem parte do seu dia a dia. Tudo na vida é mutável e sempre é possível melhorar, basta encontrar um novo direcionamento e se reinventar.
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