Medo do futuro, de errar, de se frustrar, de ser criticado, rejeitado, do imprevisível, do não controlável e de não saber lidar com o desconhecido. Raiva por ter sido humilhado ou por não ter conseguido algo. Alegria por algum evento especial. Tristeza por uma decepção. Ingratidão, falta de aceitação do momento presente.
A ansiedade está totalmente ligada à todas as emoções. Alegria, medo, tristeza e raiva podem deixar uma pessoa ansiosa em questão de segundos, especialmente se ela não souber como lidar com esses sentimentos. Nesse sentido, ter consciência de suas emoções e da forma como elas interagem com seus pensamentos e comportamentos é fundamental para não perder o controle e desencadear uma desnecessária crise de ansiedade.
O cérebro ativa a ansiedade de acordo com o surgimento de determinadas emoções e em situações que trazem ameaça. Trata-se de um mecanismo de proteção para situações interpretadas como desagradáveis. Como consequência, sintomas físicos e mentais tomam conta da pessoa, que sofre grandes prejuízos em sua vida.
Principais sintomas físicos de quem sofre com ansiedade
– Sensações de sufocamento e falta de ar;
– Coração acelerado, batimento cardíaco lento e palpitações;
– Dor no peito;
– Insônia;
– Transpiração;
– Agitação ou tremores (visível ou internamente);
– Dor no pescoço e ombro, dormência na face ou na cabeça;
– Rápido esvaziamento gástrico;
– Indigestão, azia, constipação intestinal ou diarreia;
– Sintomas de infecção do trato urinário;
– Erupções cutâneas;
– Fraqueza nos braços e formigueiro nas mãos ou pés;
– Sensação de choque elétrico em qualquer parte do corpo;
– Boca seca;
– Aumento dramático de sentimentos sexuais;
– Nó na garganta e dificuldade para engolir;
– Medo de morrer ou perder o controle;
– Aumento da depressão e sentimentos suicidas;
– Agressividade;
– Gripes constantes;
– Visão distorcida;
– Problemas hormonais;
– Sensação de ter uma faixa apertada em volta da cabeça;
– Dor nos olhos e espasmos;
– Agorafobia;
– Alucinações;
– Sensação de ter alfinetes e agulhas na pele;
– Aumento da sensibilidade à luz, som, tato e olfato;
– Hiperatividade;
– Dor na face, semelhante a uma dor de dente;
– Despersonalização;
Técnica de relaxamento para diminuir a ansiedade
A respiração é uma das principais técnicas para controlar a ansiedade — uma das causas emocionais da síndrome do pânico. Entretanto, não adianta deixar para respirar apenas durante uma crise de ansiedade: é necessário fazer com que as técnicas de respiração se tornem um hábito de vida.
Cinco minutos diários de inspirações e expirações longas e profundas são suficientes para perceber os benefícios da respiração. Quanto mais consciente você for durante a respiração, maior será sua capacidade de lidar com as situações do dia a dia, e menor será a chance de ter uma crise de ansiedade.
Passo a passo da respiração: desacelere sua respiração e esvazie os pulmões. Em seguida, inspire suavemente pelo nariz, contando devagar até quatro e deixando a barriga se expandir. Por fim, expire suavemente, contando até seis. Tente respirar entre oito e 12 vezes por minuto, estabelecendo um ritmo confortável e utilizando o diafragma.
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