Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em fevereiro de 2017, a depressão afeta um total de 322 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, o problema afeta 11,5 milhões de pessoas (quase 6% da população), número que deixa o País no primeiro lugar entre os que mais apresentam o transtorno na América Latina e segundo com maior prevalência do problema nas Américas, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Entre os anos de 2005 e 2015, o número de pessoas depressivas cresceu 18,4%. Estimativas apontam que, até 2030, a depressão será a doença mais comum em todo planeta, superando as doenças cardiovasculares e o câncer.
Tristeza x depressão
A tristeza faz parte da vida e, na maioria das vezes, existe um motivo específico para alguém sentir-se triste, tais como o término de um relacionamento, a perda de alguém querido ou uma demissão. Este sentimento, porém, dura um determinado período de tempo e o indivíduo se recupera.
A depressão, por outro lado, é uma doença que se manifesta por meio da presença de uma tristeza sem motivo aparente e que consome o indivíduo, incapacitando-o e impedindo que ele viva sua rotina como normalmente faria. O principal sintoma da depressão é a negatividade em relação a si mesmo, ao mundo e ao futuro. Em geral, a pessoa deprimida só consegue pensar e enxergar as coisas negativas.
Vale lembrar que a depressão é uma doença, e é fundamental saber identificar os sintomas do problema para que ele seja diagnosticado corretamente. Caso contrário, o transtorno pode evoluir para uma depressão severa, agravando consideravelmente o quadro.
O que é a depressão severa?
A depressão severa (também conhecida como depressão profunda ou clínica) é caraterizada por uma tristeza constante e extrema, que impede o indivíduo de manter contato até com seus amigos mais próximos e familiares. O problema também causa uma incapacitação profissional e, muitas vezes, essas pessoas não conseguem sequer cuidar da própria higiene pessoal.
Sintomas da depressão severa
- Tristeza constante, profunda e incapacitante;
- Sentimento de vazio e irritabilidade;
- Isolamento;
- Pensamentos suicidas;
- Distúrbios do sono (insônia ou dormir demais);
- Drástica diminuição do desempenho no trabalho;
- Dificuldades para manter a higiene pessoal;
- Fadiga;
- Sentimento de culpa e inutilidade.
Como a Inteligência Emocional pode ajudar
A depressão é uma doença psicológica, emocional e ambiental que vai muito além de alterações químicas e fatores genéticos. É possível controlar a parte química e genética com a utilização de medicamentos, mas é fundamental cuidar dos fatores emocionais para que a medicação não funcione apenas como “camuflagem” para questões que precisam ser identificadas e curadas.
Este processo de consciência que a cura emocional das doenças proporciona pode ser aprendido e praticado com o desenvolvimento da Inteligência Emocional, que é o conjunto de habilidades que permitem a administração das adversidades da vida, aceitação e percepção das emoções.