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Infelizmente hoje em dia é muito comum vermos os mais diversos casos de bullying tanto em escolas como em empresas ou até mesmo em casa, com crianças, adolescentes ou adultos. Independentemente da idade ou do local, o bullying é um ato que afeta muito a vida de uma pessoa. E na mesma medida em que esses casos crescem aumenta também a preocupação da sociedade e, claro, das famílias brasileiras, afinal de contas, atos de bullying podem causar danos que, em alguns casos, podem ser simplesmente irreparáveis.

Como atualmente tem havido uma discussão extremamente construtiva sobre a utilização da Inteligência Emocional como forma de combate ao bullying, pode-se dizer que a luz no fim do túnel finalmente apontou. Se você já passou por isso ou se está preocupado com o bem-estar dos seus filhos em relação ao assunto, acompanhe agora mesmo nosso post e conheça essa nova forma de combate à agressão.

Afinal de contas, o que é bullying?

Bullying é um termo em inglês originado da palavra bully, que significa valentão. Hoje em dia a palavra tomou para si um significado mais grave, nomeando um ato praticado por uma única pessoa ou por um grupo contra alguém. Esses atos de agressões, que podem ser físicas ou verbais, costumam ser constantes e se repetir por diversas vezes. Os motivos que levam ao bullying podem ser diversos, incluindo divergências em relação a religião, raça, origem, país e até opiniões ou preferências! Às vezes simplesmente ser diferente dos demais em um determinado ambiente já é tido como motivo para esse ato nada aceitável.

Segundo pesquisa recente feita pela IBGE, quase um terço (30,8%) dos estudantes brasileiros já sofreram Bullying. Palestras, debates, normas e conscientização nas escolas são formas de evitar a prática. Mas porque ainda assim tantas crianças são vítimas desse mal?

“Baixa auto-estima, dificuldade de relacionamento social e no desenvolvimento escolar, fobia escolar, tristeza, agressividade, depressão. Esses são apenas algumas das consequências que uma pessoa que sofreu ou sofre bullying pode apresentar. Essas pessoas são alvos mais visados e tornam-se mais vulneráveis por apresentarem alguma característica que sirva de foco para as agressões, como por exemplo: obesidade, baixa estatura, deficiência física, ou outros aspectos culturais, étnicos ou religiosos”, explica Rodrigo Fonseca, fundador da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional.

Segundo o especialista, muito além de uma conscientização dos males que o bullying pode ocasionar, as pessoas precisam ir para a prática.

 “As pessoas aprendem desde muito cedo o que NÃO devem fazer, mas não aprendem o principal: o que DEVEM fazer para ajudar o outro e a si mesmo”, enfatiza Fonseca.

Para ele, devemos fazer o oposto para acabar com essa prática que gera tanto sofrimento em crianças e adultos: além de não destacar os pontos negativos, fazer o inverso: elogiar, destacar os pontos fortes e qualidades das crianças e adultos.

Considerando que o bullying já é uma prática muito antiga, mas que ganhou muito mais força e destaque quando a ação foi “nomeada”, a Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional decidiu levantar a bandeira do que se deve ensinar às crianças, ou seja, o “PRAISING”, que em inglês significa elogiar e destacar as qualidades.

Portanto, a partir de agora existe um nome que deve ser ensinado dentro das famílias e escolas… PRAISING!

Rodrigo sugere que essa prática deve começar em casa, pois tudo o que os pais ou pessoas mais próximas dizem e fazem tem influência direta na forma como a criança se comporta fora de casa.

  • Os pais devem ajudar as crianças a lidar e valorizar as diferenças, procurando questionar e trabalhar os preconceitos dentro de casa.
  • Devem sempre reconhecer por meio de palavras quando elas acertam ou fazem algo positivo, explicar quando elas estão erradas, mostrar que elas têm muitas qualidades e são únicas, assim como seus colegas e as pessoas que vivem ao seu redor também tem suas qualidades, erros e acertos.
  • O comportamento dos pais também são espelhos para as crianças.

“Quando uma criança ouve seus pais trocando elogios e reconhecimentos, ela repete isso fora de casa. Da mesma forma, quando ela ouve ofensas, críticas e descasos, também repete.”

O ideal seria que, além do ambiente familiar, as escolas também ensinassem as crianças a lidarem com suas diferenças, sempre incentivando-as a reconhecer qualidades e talentos, tanto os seus quanto dos colegas.

“Pensando nesse contexto, nós da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional, estamos em fase final do ‘Projeto Inteligência Emocional nas Escolas’, que levará a Inteligência Emocional como uma disciplina, desde o Ensino Fundamental até o Superior. Essa é uma maneira de criarmos uma sociedade de indivíduos com a sua auto-imagem mais positiva e confiante, o que resulta em pessoas mais saudáveis e felizes por meio da prática do PRAISING!”, finaliza Rodrigo Fonseca.

E o que vem a ser a Inteligência Emocional?

A Inteligência Emocional ensina os indivíduos a conviverem da maneira mais amena possível com seus próprios sentimentos, de modo a lidarem bem com as diversas situações da vida que os envolvam. Por meio da Inteligência Emocional uma pessoa aprende a se conhecer e a ter total controle sobre suas emoções, o que muda completamente sua perspectiva de vida e facilita a superação de obstáculos ao longo do caminho. Com esse controle o percurso definitivamente se torna menos sinuoso.

Qual é seu papel na prevenção do bullying?

Nesse contexto, o papel desempenhado pela Inteligência Emocional é muito importante, sendo capaz não só de fazer com que o agredido lide melhor com a situação como de prevenir que os atos efetivamente aconteçam, já que até os agressores aprendem sobre o respeito ao espaço do outro, beneficiando-se dessa lição para a vida toda.

A primeira educação que recebemos é no seio familiar, certo? Nesse ambiente damos início à formação da nossa personalidade e do nosso caráter. Até então tudo bem. Mas aí a criança precisa entrar para a escola, tendo ali seu primeiro convívio em sociedade. Nesse ambiente passa a ter contato com diversos tipos de pessoas, precisando aprender a lidar com elas. E é nesse momento que a Inteligência Emocional pode ajudar — e muito!

Como a Inteligência Emocional deve ser trabalhada?

A Inteligência Emocional deve ser trabalhada desde cedo, logo nas escolas. Para isso, os profissionais que fazem parte desse ambiente devem ser devidamente preparados. É importante também que haja uma cooperação produtiva entre o ambiente escolar e o contexto familiar para que o desenvolvimento da Inteligência Emocional seja completo.

Pensando nisso, Rodrigo Fonseca vem desenvolvendo um projeto para inserir o ensino da Inteligência emocional como disciplina em escolas. Diz o profissional que a SBie já está na fase final do Projeto Inteligência Emocional nas Escolas, que levará esse aprendizado desde o Ensino Fundamental até o Superior, sempre com o objetivo de se criar uma sociedade de indivíduos com uma autoimagem mais positiva e confiante, o que resulta em pessoas mais saudáveis e felizes por meio da exaltação das qualidades das pessoas — o chamado praising!

Se houver uma preocupação real em ensinar às crianças a lidarem com as diferenças e com os diversos tipos de pessoas e situações que podem aparecer em seus caminhos, o bullying poderá ser evitado e, com ele, suas consequências também desaparecerão. Assim a sociedade poderá formar adultos menos ansiosos, com menos receios e inseguranças, ao mesmo tempo em que são mais conscientes, produtivos, decisivos e ativos. Melhor arregaçar as mangas e começar os trabalhos, não acha?

Mas antes pare por um minutinho e nos conte aqui se você já conhecia a Inteligência Emocional! Seus filhos por acaso vêm passando ou já passaram por alguma experiência traumática na escola? Deixe seu comentário e participe da conversa!

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