A palavra “vício” pode ter várias definições. A Wikipédia, por exemplo, define o termo como “um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem”. A Organização Mundial de Saúde, por sua vez, considera um vício como uma doença física e psicoemocional.
Para a Psicologia, o vício é um mecanismo de fuga emocional em que o indivíduo obtém prazer e foge de sua dor. Existem infinitos tipos de vícios, que são prejudiciais em diferentes proporções. O que separa o vício de um hábito comum é justamente o prejuízo que este comportamento causa na vida da pessoa.
Por que as pessoas se viciam?
Muitas pessoas encontram no vício uma maneira de suprir um vazio emocional relacionado às interpretações de sua infância e vida intrauterina. Toda criança, em algum momento, sente que não é boa suficiente — seja pela ausência dos pais, por receber muitas críticas, por enfrentar situações traumáticas ou por ter entendido alguma situação de maneira equivocada.
Existem muitos fatores que levam uma pessoa a desenvolver um vício: desequilíbrio emocional, necessidade de ser aceito, baixa autoestima, insegurança, busca por status ou influência do comércio e da mídia. Alguns aspectos da infância também podem interferir diretamente no desenvolvimento de vícios, são eles:
- Pessoas que tiveram pais viciados tendem a se tornar adultos com vícios ou aversão a comportamentos compulsivos, uma vez que as crianças repetem ou repelem os comportamentos dos pais;
- Pessoas que tiveram pais ausentes e que eram compensados com bens materiais crescem com a ideia de que qualquer coisa externa será capaz de suprir o amor e o vazio emocional;
- Pessoas que tiveram todas as necessidades atendidas prontamente também têm uma grande tendência aos vícios, pois crescem sem limites e com dificuldade para lidar com frustrações, buscando prazer a qualquer custo;
- Pessoas que foram rejeitadas ou muito comparadas com outras crianças durante a infância podem desenvolver vícios para se sentirem aceitas. Essas pessoas são muito influenciadas pela mídia e pela moda;
- Pessoas que não têm Inteligência Emocional e não sabem como lidar com suas emoções encontram nos vícios uma forma de fugir do mundo interior.
O descontrole e a falta de consciência fazem com que a pessoa seja levada pelo impulso do vício e pelo desejo de suprir suas necessidades. Ansiedade, raiva, tristeza, solidão, carência, culpa, alegria e medo são algumas emoções e sentimentos que provocam diferentes reações em cada pessoa. Quando o indivíduo não tem consciência de como cada sentimento age em sua vida, acaba criando formas inconscientes de extravasar.
Como a Inteligência Emocional pode ajudar no tratamento de vícios
Você aprende a controlar seus vícios quando aprende a lidar com suas emoções, enfrentando e interagindo com cada uma delas. Experimente respirar fundo quando a ansiedade bater ou ligar para alguém querido quando vier a tristeza, por exemplo.
Se você quer se aprofundar no conhecimento de suas emoções, desenvolva a sua Inteligência Emocional com o Método LOTUS, um treinamento que propõe o entendimento dos problemas que levaram ao desenvolvimento dos vícios e dos desequilíbrios emocionais.